Galadriel de armadura na série Anéis de Poder da Amazon.
Galadriel de armadura na série Anéis de Poder da Amazon.

Galadriel pode ser chata, mas isso não a faz uma péssima personagem

Paulo Moreira
13 min readSep 12, 2022

O Senhor dos Anéis: Anéis de Poder é uma série que está sendo lançada pela Amazon e conta até agora com três episódios. A proposta da série é adaptar os Apêndices de O Senhor dos Anéis para um público mais atual, os famosos livros de J. R. R. Tolkien, que já ganharam versões cinematográficas com Peter Jackson no início dos anos 2000. Mas diferente dos filmes, o tempo em que se passa Anéis de Poder é muito antes, na Segunda Era, quando o Um Anel ainda não havia sido forjado.

E obviamente, como toda adaptação de uma obra com milhares de fãs, houve críticas antes mesmo do lançamento da série, em parte devido à decepção cinematográfica que foi O Hobbit, criticado pelo alongamento absurdo e várias cenas e personagens que não constavam no livro. No fim, a trilogia de filmes O Hobbit não conseguiu se decidir se queria ser sombria, infantil ou um novo Senhor dos Anéis.

Antes mesmo de lançar Anéis de Poder, logo após divulgados os trailers, surgiram os burburinhos:

Elfos negros com cabelos curtos?

Hobbits que ainda não existiam na época?

Galadriel de armadura?

Afinal, o que estão adaptando?

Boa parte dos comentários negativos vinham de fãs ferrenhos, os “verdadeiros fãs de Tolkien”, uma base de fãs que infelizmente existe com toda obra que cai nos gostos da cultura pop. Com Tolkien geralmente são católicos conservadores, que de vez em quando expressam misoginia e racismo.

E então começou a série, e as críticas só aumentaram. Embora haja ainda uma base de fãs que realmente esteja curtindo a série — eu incluso, não dá pra tampar os ouvidos diante de tantas críticas a personagens, em especial à Galadriel guerreira, uma “Mary Sue birrenta, lacradora, colocada apenas pra agradar minorias”.

Bom, considerar mulheres como minoria já é um erro, especialmente no Brasil. Segundo a PNAD, em 2019, a população brasileira já era composta apenas por 48,2% de homens e 51,8% de mulheres. Mulheres definitivamente não são minoria.

Comentários feitos por haters nem deveriam ser analisados, porque o propósito deles é gerar confusão, deixar a maçã da discórdia na mesa e sair de fininho. Mas muitos deles acabam se travestindo de críticas com fundamento. Num receio de expressar a simples opinião “não gostei da Galadriel”, que é perfeitamente normal e aceitável, valem-se de conceitos de criação de personagens, de storytelling, para justificar o “erro em Galadriel”.

Eu gosto da Galadriel da série, deixo claro, mas também a acho chatinha, sem carisma. No entanto, não a acho errada, uma personagem mal feita. Pelo contrário, acredito que ela tem muito a oferecer.

Mas quem é Galadriel?

Se você assistiu a trilogia de filmes de Peter Jackson, Galadriel é aquela elfa simpática de cabelos loiros, de personalidade etérea e sábia, que mostra o futuro a Frodo e Sam com seu espelho, quando a comitiva adentra os bosques dourados de Lórien. Muita gente gravou essa imagem de Galadriel, e de elfos de cabelos longos e loiros, feita pelo Peter, então acaba estranhando a Galadriel impulsiva de Anéis de Poder. Como assim uma santa pode ter sido uma menina birrenta no passado?

Galadriel com a cabeça coberta por um manto branco e uma diadema dourada, como uma santa, nos filmes de O Senhor dos Anéis.
Galadriel com a cabeça coberta por um manto branco e uma diadema dourada, como uma santa, nos filmes de O Senhor dos Anéis.

Vale destacar que os elfos de Tolkien são imortais. O tempo de Anéis de Poder é muito antes de O Senhor dos Anéis. De lá pra cá, Galadriel mudou de extremos. E você não se sente curioso em descobrir como?

Eu sinto. Mas quem leu o Silmarillion, outro livro de Tolkien, já sabe, ou quase. O Silmarillion é uma coletânea de contos que descrevem o universo da Terra-Média, cenário dessas histórias, desde sua origem até a criação do Um Anel de Sauron. É lá que conhecemos a Galadriel guerreira, uma elfa bela e sábia, mas impulsiva e orgulhosa.

Ela nem sempre está certa e comete erros absurdos, mas como esse texto não pretende dar spoilers pesados do livro — e talvez da série, pararei por aqui. O que importa é que os fãs conhecem essa faceta da Galadriel, mostrada nos filmes de Peter quando ela é tentada pelo Um Anel e se transforma num ser de luz assustador. Já vimos sua face orgulhosa até nos filmes, então por que estranhamos?

Há críticas. A Galadriel guerreira que eles imaginavam não é a Galadriel guerreira que foi adaptada. Eu concordo que há diferenças, mas ainda me mantenho ao dizer que não é erro de personagem, afinal é uma adaptação. E lembremos, O Simarillion não fala tanto sobre ela. Ela não é a protagonista que sabemos até da comida preferida. Sabemos de suas ações (impactantes, a maioria), mas O Silmarillion não é e nem pretendeu ser tão detalhado como foi O Senhor dos Anéis. Além disso, a série adapta os Apêndices de O Senhor dos Anéis, e não O Silmarillion, o resumo do resumo. É normal ter muita coisa criada para desenvolver a personagem para a série.

Ainda estamos no começo

A série conta até agora com três episódios. Ainda é muito cedo para falar que Galadriel é uma personagem ruim, e também que é boa. Não conhecemos seu arco, só podemos teorizá-lo.

Se você leu meu resumo dos 5 Atos de Shakespeare, talvez consiga supor onde Galadriel está no fim desses três episódios. Suponho que no início do Ato 2, na Ação Ascendente, quando aliados e inimigos são apresentados. No fim do Ato 1, ela descobriu ou confirmou o problema. Em outras palavras, ainda não chegamos na metade do seu arco. A Tensão Dramática do Ato 3, que é o que os leitores mais se recordam em uma obra, ainda não chegou. Ou seja, ainda é cedo para falarmos de sua atuação como personagem.

Mas em outras obras os personagens se apresentam mais cativantes logo no início!

Nas atuais, sim. Nas antigas, nem todas, especialmente com Tolkien.

Vamos comparar com A Sociedade do Anel, já que estamos falando de começos de histórias, para vermos como os personagens foram apresentados. Em geral, esses personagens são planos, não mudam com as circunstâncias. Logo de cara você sabe se são ruins ou bons, inocentes ou espertos, vilão ou super-herói, e eles quase não se alteram ao longo da narrativa, não possuem uma motivação tão clara. E é assim que são apresentados os primeiros personagens de Tolkien.

A Galadriel de A Sociedade também é plana e muita gente gosta. Na verdade nos três filmes ela é plana, sempre a mesma. Embora seja tentada pelo Um Anel, ela volta a ser o que sempre foi naquele livro: etérea e sábia.

O Elrond também não tem mudança. O Legolas e o Gimli. Até o Frodo que é o protagonista é plano até chegar em Valfenda. O próprio Gandalf. Nem vou mencionar Sauron. Na verdade, acho que só o Aragorn, Boromir e Gandalf não são planos em A Sociedade do Anel. E o Gandalf escapa só porque sua história é contada mais cedo nos filmes. Nos livros, só sabemos o que aconteceu com ele em Orthanc no Conselho de Elrond.

Tolkien tem muitos personagens planos. O Hobbit tá cheio deles, porque é uma história infantil, que segue padrões de contos de fada, e nos contos de fada os personagens são tipicamente planos.

Ser plano é um estilo de personagem, não sinônimo de personagem ruim, e em geral os personagens se apresentam planos pra depois ficarem complexos, os chamados personagens redondos, que têm medos, receios e defeitos. Elrond que se apresentou plano recebe aprofundamento ao lutar pra não perder a filha Arwen. Legolas e Gimli se tornam amigos mesmo pertencendo a povos inimigos. Frodo decide partir sozinho para Mordor, e Sam o segue. É só depois que Tolkien complexa seus personagens, não antes, e a Galadriel não fica tão complexa como os outros, até porque ela é uma personagem arquetípica.

O Messias Feminino

No livro 45 Masters Characters, Victoria Schmidt insere Galadriel no arquétipo da deusa egípcia Ísis, assim como Joana D’Arc, Mulher Maravilha e A Senhora do Lago nas lendas arturianas. Só de termos histórias antigas parecidas, o argumento hater de que ela foi alterada na série apenas pra agradar patrulha ideológica vai abaixo. Não é uma história nova. É simplesmente uma questão de estudo de personagem e de sua evolução.

Pintura egípcia de Ísis, deusa de pele preta com o rosto em perfil e vestido laranja. Está de braços e asas abertas.
Pintura egípcia de Ísis, deusa de pele preta com o rosto em perfil e vestido laranja. Está de braços e asas abertas.

Victoria também nomeia o arquétipo de Ísis como o Messias masculino. Seus instintos, ou uma força divina, é o que a move, sendo que o povo não acredita nela. Ela pode ser vista como bruxa ou louca e queimada viva pelos seus seguidores, mas ela vai continuar se movendo pela sua crença, contra tudo e contra todos. Já sabe né, será vista como arrogante. Lembrou da Galadriel da série?

Acredito que estão explorando esse arquétipo, porque o final de seu arco vai dar na “santa” Galadriel de O Senhor dos Anéis, e assim a acho condizente com a personagem. A contribuição do arquétipo de Ísis não é física, mas inspiradora. Veja Joana D’Arc, que guiou os franceses contra os ingleses por causa de uma voz divina e se tornou uma santa depois.

Mas para virar santa, ela teve que morrer. Foi queimada com acusação de praticar bruxaria. Para se santificar, é preciso ter morrido. Suponho que algo assim também aconteça no arco de Galadriel, talvez uma morte simbólica, um ‘Encontro com a Deusa” na Jornada da Heroína de Murdock. Imagino que bem perto do fim de seu arco.

Pintura de Joana D’Arc amarrada em um tronco e olhando para o céu. No fundo edifícios góticos e uma multidão assustada.
Pintura de Joana D’Arc amarrada em um tronco e olhando para o céu. No fundo edifícios góticos e uma multidão assustada.

Galadriel vai morrer?

Não, não vai. Isso é óbvio, ela está lá no Senhor dos Anéis vivinha da Silva. O que pode ocorrer é uma morte metafórica, uma mudança nas suas características.

Já abordei três narrativas femininas aqui no Medium, e você pode conferir para entender melhor o provável arco de Galadriel e de muitas outras mulheres da ficção. Na Promessa da Virgem de Kim Hudson, trabalha-se uma jornada transgressiva-transformativa, na qual o mundo é atacado e ultrapassado pela Virgem, mas é a Virgem que se transforma e acaba transformando o mundo. Alguns conceitos dessa jornada são apresentados logo no primeiro episódio, como a comunidade que a nutre mas a reprime (os elfos).

No entanto, acredito que não serão os passos da Promessa da Virgem que Galadriel seguirá, mas alguns da Jornada da Heroína de Murdock. Isso porque ela despreza uma característica de Elrond e Gil-Galad: a lábia, a esperteza ou, como chama, a “política”, que parece que vai ser útil para ela porque no terceiro episódio Halbrand também a usa. E se personagens que estão próximo a ela usam essa habilidade, suspeitamos que é para ela aprendê-la ou pelo menos valorizá-la.

Na Jornada da Heroína há dois conceitos aparentemente opostos que depois se mostrarão complementares: o feminino e o masculino. Não interprete ao pé da letra. Esses conceitos se referem a espiritualidade, artes, crescimento psíquico e sabedoria no feminino, e violência, materialidade, crescimento físico e sucesso no masculino. A Heroína despreza o feminino e abraça o masculino no início da sua história, para depois abraçar o feminino e perder o masculino e no fim de tudo mesclar os dois e se transformar.

Jornadas de Heroínas começam quase sempre com a morte da figura feminina, alguém amado pelo heroína que simboliza as características do lado feminino. Com Zuko de Avatar, Daenerys Targaryen de As Crônicas de Gelo e Fogo, Éowyn de O Senhor dos Anéis e mais recentemente Rhaenyra de Casa do Dragão, foram as mortes de suas mães. Já com Galadriel, foi a morte de seu irmão, Finrod.

Galadriel da série Anéis de Poder em frente ao corpo deitado de Finrod. Ele segura uma espada dourada com as mãos juntas sobre o peito, que ela toca com delicadeza.
Galadriel da série Anéis de Poder em frente ao corpo deitado de Finrod. Ele segura uma espada dourada com as mãos juntas sobre o peito, que ela toca com delicadeza.

Um homem fazendo papel de feminino? Sim, isso é possível. Aang e Iroh também fazem o mesmo em A Lenda de Aang, seu caráter remete a espiritualidade e humanidade, opostos ao sucesso material e aos ideais bélicos da Nação do Fogo, bem como Thor em Vinland Saga, que usa a violência apenas em último caso e repassa ao filho Thorfinn um ensinamento pacifista: “Ninguém tem inimigos”.

Embora Finrod Felagund apareça lutando na guerra e morrendo nela, Galadriel o associa à sabedoria. A primeira cena em que o vemos o mostra ensinando a pequena elfa. E é perda do irmão que faz Galadriel abraçar o lado masculino, o lado violento, vingativo, vitorioso. É essa Galadriel a quem somos apresentados no início da série.

No entanto, ela precisa corrigir seu lado feminino, e para isso precisa de figuras femininas a seu lado. Vale lembrar que Murdock fala que o feminino é desprezado pela Heroína, mas aparece de tempos em tempos para fazê-la aprender. Se ela rejeita o aprendizado ou o acolhe, vai depender de seu momento na jornada. Até agora, no começo de sua jornada, Galadriel parece rejeitar ainda a política.

Espero que não para sempre. Para chegar na Galadriel santa de O Senhor dos Anéis, ela precisa ter o lado feminino curado. A transição de guerreira para santa precisa ser feita, e não necessariamente de forma convincente. O que ela decide ser no fim, após atravessar os dois mundos, nem sempre é bem aceito pelo público. É desgostoso ver a guerreira Éowyn largar a espada para viver ao lado do marido Faramir, embora compreensível. O mesmo ocorre com Historia Reiss do mangá Attack on Titan. Depois de tudo o que passaram, por que pender para um lado da balança no fim?

A resposta é que a Jornada da Heroína não pretende dar boas soluções para nós, o público, mas soluções adequadas para a Heroína. Se a solução se mostrar boa tanto para o público quando para o personagem, como Zuko em Avatar que substitui o desejo por recuperar a própria honra pelo desejo de restaurar a honra da Nação do Fogo, ou como Thorfinn em Vinland Saga que substitui seu caráter impulsivo e vingativo por um reflexivo e pacifista, é bônus.

Teorizo que a transformação de Galadriel comece no passo 6 e 7, quando a Heroína perde tudo para se transformar, quando o sucesso não chega mais como antes, quando ela precisa usar o lado feminino para sobreviver, quando a Galadriel guerreira vai ter que morrer.

Ela é chata, e ponto

Personagens planos tendem a não serem carismáticos. Se sua profundidade não for mostrada logo, a gente acaba o considerando um coadjuvante. Por ser plana — ainda — Galadriel não tem carisma, e isso vai muito de que se considera um personagem carismático.

Eu considero Galadriel nem um pouco carismática, porque seu personagem é assim. Mas também entendo não como erro, mas como proposta de personagem. Galadriel está se relacionando com os humanos agora. Antes sua mente era voltada apenas para a guerra, em caçar Sauron. Para que carisma na guerra?

A transição da Galadriel guerreira para a Galadriel santa vai acontecer, mas devagar. Por enquanto, ainda estamos vendo a guerreira, que eu acho que ainda tem muito a aprender. A decepção dos fãs vem em parte disso, acredito, em pensar que 4000 anos já foi suficiente para deixá-la sábia. Nos livros talvez fosse suficiente, mas a série quer mostrar suas características rebeldes que estão lá no Silmarillion, então é preciso entender que a Galadriel da série é uma personagem sofrida, com traumas, desconfianças e que viu a sombra e por isso se sente sempre ameaçada.

Sua profundidade pode ser mostrada mais ao longo da série por meio dos novos relacionamentos que ela vai ter, o que é comum em histórias femininas — lembra da importância dos amigos na Jornada da Deusa Inana? Já vimos isso acontecer com Halbrand e Elendil no terceiro episódio. Halbrand mostra que ela precisa ser esperta e sutil para conseguir o que quer, características da política, enquanto Elendil a deixa fazer suas pesquisas e por isso finalmente a vemos sorridente cavalgando na praia de Númenor. Ela pode ser insensível com quem não a apoia, mas revela seus sentimentos com quem está do seu lado.

E isso já é muito considerando a unidimensionalidade dos personagens do Silmarillion. Uma vez que o livro é composto de contos, histórias resumidas, só os que movem a trama que não são tão unidimensionais assim, como Feanor e seus filhos. E nem é o Silmarillion que estão adaptando, mas os apêndices de O Senhor dos Anéis, o resumo do resumo. Lembrei de novo, né?

Tudo se resolve com “não gostei do personagem porque simplesmente não me cativou”, mas querer meter conceitos de livros e personagens em algo que ainda está começando só para justificar o desgosto não pega muito bem.

O mesmo vale para comparações de personagens de obras diferentes. Cada obra tem tema diferente, públicos totalmente diferentes, e “escritores” diferentes. Comparar Galadriel com Rhaenyra, por exemplo, é perda de tempo. Tolkien não é Martin pra escrever um personagem complexo demais, nem Martin é Tolkien pra escrever um mundo fantástico demais. E suas abordagens são diferentes. Querer meter um personagem de uma obra em outro de outra obra, que é o que muitos fazem com essas comparações, só faz a gente pender pra abordagem que a gente curte. Se eu curto dark fantasy, óbvio que vou considerar Rhaenyra mais carismática. Já se curto Alta Fantasia menos gore, vou gostar da Galadriel — eu gosto das duas, só pra deixar claro.

Considere que ela pode cometer erros ainda, ou os criadores, mas não dá pra saber com apenas o começo de sua história. A série é dividida em núcleos, com personagens em vários lugares. Pouco dela foi exibido. Ela não ri, não sente medo, é verdade, e concordo que isso não desenvolve carisma, mas é justamente porque nesse momento de seu arco ela não tem carisma.

Se considerarmos a Lúthien do Silmarillion e tirar seu romance com Beren, ela também é impulsiva e badass. Na Galadriel falta justamente essa parte feminina, uma parte que a ligue à personagem feminina que nós estamos acostumados a ver como o romance no caso de Lúthien, mas é porque o momento de seu arco não permite mostrar.

Não precisa ser necessariamente um romance — tomara que não. Se ocorrer com Galadriel, acredito que vai ser em relação ao seu irmão morto, à amizade com Elrond ou mesmo com o humano da jangada Halbrand. Talvez ela aprenda a ser carismática com eles, mas agora ainda não é o tempo certo. Isso afasta o público? Afasta. Mas dizer que é erro de personagem é um equívoco.

Ainda é cedo para julgar crescimento de quem ainda não deixaram crescer.

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Paulo Moreira

Brazilian pharmacist in loved with History, Fantasy and Ecofiction. Author of The Blood of the Goddess. I write about nature in poems and fantasy stories.